quinta-feira, 5 de março de 2009

I Catálogo de Bens Culturais da Beira Baixa - Rede Cultural e Patrimonial da Beira Baixa



Capa do "I Catálogo de Bens Culturais da Beira Baixa - Rede Cultural e Patrimonial da Beira Baixa", apresentado esta tarde  no Museu Francisco Tavares Proença Júnior, uma edição da Sociedade dos Amigos do Museu Francisco Tavares Proença Júnior (SAMFTPJ), fruto do trabalho de um dos seus Grupos de Trabalho, Grupo de Trabalho Para a Carta Patrimonial da Beira Baixa, coordenado por Lopes Marcelo.

O índice do Catálogo


Ficha técnica do Catálogo


O Grupo de Trabalho da SAMFTPJ, incluindo alguns sócios da SAMFTPJ e  integrando os elementos das várias equipas que se associaram ao projecto.
A Rede Cultural e Patrimonial da Beira Baixa.

 Consultem. Critiquem. Divulguem. Comentem aqui.

Mais:
http://www.gazetadointerior.pt/seccoes/index.asp?idn=8271#

:. Secção / Opinião

LOPES MARCELO
Rede Cultural e Patrimonial da Beira Baixa
A Sociedade dos Amigos do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, congrega várias dezenas de cidadãos culturalmente empenhados e activos e que, com base na acção voluntária, juntam esforços, no sentido de valorizarem quer o Museu, quer o território do Distrito de Castelo Branco.

Há já alguns anos, foi constatada a necessidade de se reforçar o diálogo e a articulação entre os vários museus, centros culturais, associações de desenvolvimento, o Instituto Politécnico e as autarquias locais.

Assim, desde 2006, constituiu-se um grupo de trabalho, numa perspectiva de abertura e partilha, tendo como principal objectivo a valorização da matriz cultural e patrimonial do território da Beira Baixa.

Hoje, num mundo cada vez mais aberto e global, importa aprofundar e valorizar o sentimento de pertença que se alimenta no rio da sabedoria popular em que mergulham as raízes da Identidade Cultural.

A nossa identidade cultural está intimamente ligada à noção de património ntendido como memória colectiva, fruto das tradições que sedimentaram o percurso criativo de sucessivas gerações.

O Homem, cada pessoa, sentir-se-à mais filho da sua terra, na medida em que partilha a magia, a sabedoria popular dos rituais, das tradições e os valores históricos da sua comunidade.

É o conhecimento do passado comum que nos pode irmanar no presente e assegurar que a auto-estima e o sentimento de pertença continue solidariamente vivo em nós e se transmita às novas gerações.

Ao longo dos últimos três anos, desenvolveu-se trabalho em rede. Dentro de um espírito de voluntário empenhamento, temos praticado o diálogo, a reflexão e a articulação de iniciativas e projectos em rede. Ultrapassou-se o estar de costas voltadas de modo a valorizarem-se as abordagens pluridisciplinares, a entreajuda e a formação em exercício. Da partilha da informação e da colocação em comum dos livros, monografias e catálogos editados em cada concelho, passámos ao projecto de uma base de dados que integrará os fundos documentais locais das bibliotecas municipais, de modo a facilitar a consulta e o acesso a todos, através da Internet.

Perspectiva-se a elaboração da Carta Patrimonial da Beira Baixa, como um projecto museológico integrado, que dê expressão e visibilidade a uma leitura e vivência interpretativa do território entendido nas suas dinâmicas e múltiplas vertentes. Não se entendem os museus como domínios reservados, elitistas, conservadores e contemplativos numa moldura de certo isolamento à espera do público, quais ilhas de território de-sertificado e deprimido.

Entendam-se tais espaços como casas vivas de cultura, dando testemunho do passado e promovendo dinâmicas culturais, assumindo-se como pontos de encontro, de reflexão e de diálogo plural, ao serviço do território e das pessoas do presente.

A função social das instituições culturais deve traduzir-se no suscitar de interrogações, despertando a curiosidade vivificante como energia fundamental das dinâmicas culturais enraizadas nos territórios com as suas pessoas, valores e história.

Estudar, revelar, respeitar e divulgar a personalidade cultural dos territórios é um exercício essencial de cultivo identitário e de partilha solidária que está na base da cidadania cultural responsável e activa. As dinâmicas culturais não valem tanto pelo seu aspecto institucional, formal, frio e especializado, mas sobretudo pela coerência e verdade colocados na dignificação dos produtos e valores culturais, etnograficamente contextualizados, enquanto criações que são expressão do esforço, do engenho e arte que originou os saberes das pessoas em interacção com o seu território.

O que verdadeiramente importa são as maneiras de ser e de estar, de fruir e percepcionar o património cultural. E, tal dinâmica exige o diálogo, a partilha e formação em exercício que só num trabalho em rede é possível.
04-03-2009 | Edição: 1055


Mais:
http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Comunicacao/Agenda/20090305.htm

16h00
Castelo Branco, Museu Francisco Tavares Proença Jr.
A Secretária de Estado da Cultura, Paula Fernandes dos Santos, preside à sessão de lançamento do Catálogo de Bens Culturais da Beira Baixa que resulta de um trabalho coordenado por uma equipa de sócios da Sociedade de Amigos do Museu Francisco Tavares Proença Jr e que envolve os 11 concelhos do Distrito de Castelo Branco e os dois museus sem âmbito municipal: o Tavares Proença e o dos Lanifícios. O projecto pretende completar em anos próximos a Rede Cultural e Patrimonial da Beira Baixa, mas apresenta, desde já, uma primeira selecção dos 3 bens culturais que cada concelho considerou serem significativos e demonstrativos da sua especificidade.

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